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Realces

Um bom texto é escrito usando técnicas que facilitam a leitura. Isso não diz respeito apenas às palavras, mas também como elas são organizadas. Neste item, falaremos sobre realces e escaneabilidade.

O uso de realces no texto é importante para destacar informações, organizar ideias e facilitar a leitura. Contudo, eles devem ser utilizados com moderação, respeitando as normas estabelecidas para consistência e clareza.


Orientações gerais

Os tipos de realces mais utilizados são: itálico, negrito, aspas, caixa-alta (c.A.) e caixa-baixa (c.b.) –também conhecido como maiúsculo e minúsculo.

Itálico

Também conhecido como grifo, o itálico é o realce mais comum e os motivos do seu uso são variados, como:

  • Destacar uma palavra ou expressão estrangeira.

  • Citar títulos de obras diversas.

  • Citar frases de outros autores (podendo ser substituído pelas aspas).

  • Destacar nomes de termos científicos.

  • Citar termos latinos (oriundas do latim).

Ao utilizá-lo, é importante manter a uniformidade no texto todo. Assim, se uma ou mais palavras forem destacadas em itálico em determinado trecho, elas devem aparecer da mesma forma no restante do texto pelas mesmas razões.

Confira as principais indicações quanto ao uso do itálico:

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O uso mais comum do itálico:

Títulos e subtítulos de livros, teses, filmes, peças de teatro, álbuns, discos, óperas, composições musicais extensas (como sinfonias, óperas, sonatas e concertos), revistas, jornais, almanaques, catálogos, boletins, anuários, pinturas, esculturas, instalações e obras de arte em geral.

Palavras e expressões de outro idioma: termos não aportuguesados, expressões latinas, nomes científicos.

Versos de poemas ou canções, quando destacados do corpo do texto.

Palavras ou expressões que se queira dar ênfase (deve ser feito com moderação para não perder o efeito desejado).

Epígrafes e dedicatórias.

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Não usar itálico nas seguintes situações:

Palavras ou locuções em outros idiomas que constem do dicionário oficial ou no VOLP. Nomes de grupos étnicos.

Livros sagrados das religiões monoteístas e livros da Bíblia.

Simpósios e congressos.

Sinais gráficos de parênteses, colchetes e barra, mesmo no interior de trechos em itálico.

Importante: mantenha a pontuação em redondo (sem destaque) quando ela não fizer parte do trecho citado em itálico. No geral, isso acontece com as pontuações no final do trecho.

Negrito

Conhecido também como bold, o negrito é um recurso gráfico mais chamativo, em que a letra apresenta traços acentuadamente mais grossos, como se utilizasse mais tinta em sua composição.

Os critérios mais comuns para uso do negrito são:

  • Em títulos, itens e subitens de capítulos.

  • Ressaltar termos-chave, letras ou algarismos que necessitam de destaque especifico.

  • Em casos de redação para interface quando precisamos destacar algum substantivo próprio no texto.

Acesse o menu Listas para criar uma coleção de repertório.

Por ser um destaque mais pesado, o negrito deve ser evitado, utilizando-o apenas em casos pontuais.

Aspas

As aspas são sinais gráficos empregados duas vezes: no início e no final de um trecho, frase, expressão ou palavra. Elas servem para citações e realces, principalmente para destacar termos ou palavras em sentido figurado e irônico*.

*Nesse último caso, elas devem ser utilizadas somente quando necessário, pois, assim como nos outros casos de realce, podem perder sua força e parecerem exageradas no texto.

Existem as aspas duplas (“”), empregadas com mais frequência, e as aspas simples (‘’), utilizadas em casos específicos.

Os critérios das aspas duplas mais comuns para uso das aspas são:

  • Nas citações de palavras, frases ou períodos reproduzidas no corpo de um parágrafo, seja em um título ou numa legenda. Reprodução fiel de palavras ou trechos de outros autores.

  • Em textos científicos, de divulgação, ao citar leis e regulamentos.

  • Títulos de músicas, composições instrumentais, movimentos e outras peças de curta duração.

  • Para marcar ironia, dúvida, desprezo em relação ao(s) termo(s) que delimitam.

  • Para dar ideia de um significado aproximado de outro termo utilizado, para o qual não se encontra um substituto adequado.

Tocado dessa maneira, o instrumento reproduz um som mais “rasgado”.

  • Títulos de prefácios, apresentações, introduções, posfácios, capítulos, ensaios, contos, crônicas, poemas, verbetes.

  • Títulos de seções de jornal ou revista, notícias, artigos, reportagens, entrevistas, textos de sites e blogs.

  • Palavras ou expressões citadas.

O termo “música popular” surgiu no ano de [...].

  • Sse a palavra citada pertencer a outro idioma, ela deve aparecer apenas entre aspas, sem itálico.

Já as aspas simples são utilizadas nas seguintes situações:

  • Citação dentro de citação.

  • Citações em títulos de matérias de jornal, revistas, etc.

Caixa-alta (c.A.) e caixa-baixa (c.b.)

Mais conhecidas como maiúscula e minúscula, a caixa-alta (c.A.) e a caixa-baixa (c.b.) formas de grafar palavras, termos e expressões conforme necessário.

Usa-se caixa-alta (c.A.) em:

  • Em abreviaturas e siglas que exijam o uso de somente maiúsculas.

  • Indicação de autoria de notas de rodapé.

N.T. (nota do tradutor), N.E. (nota do editor), N.A. (nota do autor).

  • Quando uma letra é utilizada de forma isolada. Exemplo: A nota G.

  • Algarismos romanos.

Uma palavra que somente a primeira letra é maiúscula, sendo as demais minúsculas, é escrita em caixa-alta-baixa (c.A.b.).

Use caixa-alta-baixa (c.A.b.) em:

  • Nomes próprios, sejam eles de pessoas reais ou ficcionais. São considerados nomes os prenomes, sobrenomes, cognomes, alcunhas (apelidos), hipocorísticos e pseudônimos.

  • Designativos de divindades:

Deus, Buda, o Espírito Santo, o Todo-Poderoso.

  • Nomes de festividades, períodos, fatos históricos, comemorações cívicas e religiosas.

Ano-Novo é grafado em c.A.b. quando se referir à celebração, mas quando se referir ao ano novo (no sentido de um novo ano que se inicia), é escrito em caixa-baixa. O mesmo é valido para Natal (data comemorativa e celebração se escreve em c.A.b., enquanto a palavra que corresponde ao substantivo e adjetivo é grafado em caixa-baixa).

  • Nomes de coleções, títulos de jornais, revistas e suplementos, programas de rádio e tv.

Títulos de livros, filmes, peças de teatro, CDs, álbuns, óperas, pinturas, esculturas, instalações e obras de arte em geral só apresentam a primeira letra em c.A. Mas, quando em outro idioma, seguem a regra de c.A.b. do idioma em questão.

  • Nomes de instituições; o termo “Estado” só será escrito em c.A.b. quando for sinônimo de conjunto dos poderes político-administrativos de uma nação. Da mesma forma, “Igreja” quando a palavra designa a instituição.

  • Nomes de corpos celestes, no geral.

  • Leis, normas, atos oficiais e assuntos políticos específicos.

  • Intitulativos, como nomes de instituições de ensino, de pesquisa, de serviços oficiais, de departamentos administrativos; produtos e marcas.

Use caixa-baixa (c.b.) em:

  • Títulos de cargos, profissões e graus honoríficos.

  • Carreiras, ciências, disciplinas e matérias de estudo.

  • Instituições genéricas.

  • Dias da semana, meses, estações do ano e termos similares.

  • Indicativos de nacionalidade e idioma.

  • Nomes de instrumentos e estilos musicais.


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